sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A Viagem Pelo Paraíso Perdido


"Corre”... Foi à única coisa que ouvi o passado me dizer...eu obedeci. Corri. Tentei correr. Tentei ultrapassar o tempo. Mas o tempo não parou. Foi mais rápido do que eu. Cansei. O tempo não. Não parei. Continuei. E o tempo também. Não consegui e o tempo passou por mim. Fui mais de vagar. Confesso que queria correr, mas não tinha mais fôlego para tanto. Cheguei a um lugar, no qual já não estou. Neste espaço criado entre o “ir” e o “chegar” estou preso a uma velocidade constante e alinha tória, não consigo me mover nem para frente, nem tão pouco voltar a trás.
Como um trem que segue seu destino em uma tranqüila passagem, sigo a vida de modo lento e progressivo.Acho que todo homem gostaria de voltar ao seu Paraíso perdido no passado. Penso que retratar a realidade no passado possa melhorar a nossa vida presente. Talvez seja só uma idéia, porém o que está sendo escrito é a vida sem borracha para se apagar. Sem chance de se reescrita. Talvez possa escrever algo novo nas paginas que ainda não conheceu a cor turva da caneta da história. Hoje pergunto: "o que fazer?". Talvez procure resposta no outro, talvez só irei encontrar em mim mesmo ou pode ser que “nunca” a encontre.


O que sou? Cheguei à seguinte conclusão: "somos erros do passado", somos somente erros por que na realidade o acerto não existe em nós.

Nenhum comentário: