terça-feira, 22 de dezembro de 2009

18º Aniversário do Círculo de Oração


Nos dias 18, 19 e 20 de dezembro aconteceu a comemoração do 18º Aniversário do Círculo de Oração Rosa de Saron, no Templo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Padre Gabriel Meire.


O Senhor Jesus operou de uma forma gloriosa, onde sentimos o mover do Espírito nos três dias de programação.


Agradecemos a Deus, pela Sua glória que foi manifestada e por transformação de vidas que certamente aconteceu.




sábado, 5 de dezembro de 2009

Quem Pode Explicar o Verdadeiro Amor




Há tempos uma pergunta ressoa em minha mente. Questionamento cruel e que não me deixa se quer um só segundo. Há um sentimento de querer, um desejo inquestionável de reverberar para os quatro ventos, uma vontade de deixar que ecoe pelo ar a força do som que está intalado em minha garganta.


Quero expor minha maior dúdiva. Quero dizer que, tenho questionamentos e que questiono o por que de questionar. Não sei se isso é louvável ou se é sintomas de um fraco, contudo, sendo fraco ou forte quero que todos saibam...quero dar o saber da minha questão para que receba o saber da resposta.


Sem libertar o saber que está estagnado dentro do meu ser, não poderei apreender a resposta. Penso que muitos vivem essa triste realidade, não possuem a resposta por que não libertam o saber. Para receber a verdade primeiro deve-se dar o saber. O ato da entrega, é talvez o ato de maior humildade, pois ao entregar, há de fato, uma demostração de incapacidade ou até mesmo de fraqueza, uma vez que, o ato da entrega é sem dúvida, o ato do "ser vazio".


Ao entregar para receber, estamos dizendo com esta atitude que, estamos entregando o "saber vazio", ou seja, estamos declarando que não sabemos ou que não temos aquilo que queremos receber. Um exemplo muito bom é o de Cristo Jesus. Ao curar as pessoas, quando esteve aqui na terra em forma humana, o Senhor antes da cura perguntava "o que queres que eu te faça?", ou seja a pessoa que precisava de algo vinha a Jesus e lançava o seu "saber vazio". Ao ouvir o saber vazio do necessitado, o Senhor reforçava a idéia do saber vazio com a pergunta "o que queres?". Veja que a pessoa a ser beneficiada deve SABER o que quer, todavia é um saber vazio por que a pessoa sabe o que quer, mas não pode conquistar aquilo que ela sabe sozinha. Para conquistar é preciso a intervenção de um outro para lançar a resposta ou a solução. Quando o Senhor pergunta "O que queres?" Ele espera a pessoa lançar o saber vazio como "Quero enchegar Senhor!", depois do reforço do saber, que o meu saber não resolve, este saber que não resolvo se "transforma" em meu problema, e agora sim o Cristo dá a solução dizendo: "Vai a tua fé te curou".


Pode-se observar que o ato da fé, é um ato de humildade e total dependencia de um outro. Talvez seja por isso que sem fé é impossivel agradar a Deus, haja vista que, o efeito da incredulidade é o efeito que confirma, de uma certa forma, a confiança em nós mesmos. Não podemos confiar em nós, temos que confiar em Deus.


Isso nos mostra que, o que tenho a declarar é uma atitude de humildade e de fé. Pois sei que o meu saber não é capaz de saber aquilo que preciso. Quero entender.


Então com toda a humildade pergunto: "O que é o amor?"


Confesso que esta pergunta é muito díficil para mim, a doutrina do amor é algo que não o sei. Quero aprender o que é amar, quero aprender o que é o amor. Quero saber aquém amar. Quero mergulhar nos mistérios do amor.


Pode ser que você não entenda o por que eu não consiga compreender o amor. Olhe, sei bem que amor não é o que a maioria das pessoas pensam. O nosso maior erro é pensar que sabemos o próprio saber. A sociedade pensa que sabe amar, mas acredito que o amor que a sociedade possui é um amor muito fraco, feio e sem graça. Definitivamente isto não é amor.


Creio no amor do Cristo, do Crucificado, creio no amor do Filho de Deus que se humilhou, que preferiu ser chamado de "homem" para estar perto de nós. Eu creio no amor, mas explicar o Amor é díficil. Quem pode Explicar?


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os Males do Egoísmo




Em respeito ao sacramento da ordem, é considerado nas linhas abaixo o desejo de perfeita iluminação a fim de que, os leitores reconheçam a dignidade sacerdotal em que Deus nos pôs.




Sem a iluminação divina não conseguimos reconhecer a dignidade sacerdotal. E não a reconhecendo, deixaremos de louvar e glorificar a suprema bondade que nos concedeu; nem alimentaremos a fonte da piedade na gratidão. Com exagerado descuido e falta de gratidão, nossa alma se delibitará. Sem esse conhecimento não existe amor. Quem não ama a Deus, não lhe agradece. É muito necessária, pois, a iluminação divina.




O egoísmo é uma árvore frutifera enraizada no orgulho. O egoísmo nasce do orgulho e vice-versa. O egoísta é presunçoso. Os frutos dessa árvore são mortíferos para a vida da alma. Alimentando-se com tais frutos em suas tendências individualistas, a pessoa voluntariamente cai no pecado mortal, vivendo sem o autoconhecimento, que é pai da humildade. E esta última, por sua vez, constitui a raiz da caridade que tudo orienta. Quem ama a si mesmo, não conhece a Deus, ardente chama de amor. Assim despojado da iluminação divina, tão necessária, e sem conhecer a Deus, o cristão não ama. Assemelha-se a um animal.




Ao contrário, o cristão que usa a razão torna-se um anjo na terra. Sobretudo os sacerdotes, que Deus chama de "ungidos" (Sl 104.15; 2 Rs 1.14), devem ser anjos, não homens! E realmente o são, quando não recusam a iluminação divina. O sacerdote desempenha o ofício dos anjos! O anjo está a serviço de cada pessoa por diversos modos conforme Deus o quer, ao colocá-los como nossos protetores. Assim os sacerdotes na hierarquia dão-nos o corpo e o sangue de Cristo crucificado, Deus e homem pela união da natureza divina com a humana; em Jesus a alma estava unida ao corpo; a alma e o corpo estavam unidos à divindade, em natureza igual à de Deus Pai. Mas o sangue e o corpo de Jesus devem ser ministrados por pessoas retamente iluminadas por Deus na ardente chama do amor, para suas almas não serem devoradas pelo lobo infernal. Sacerdotes assim alimentam-se de virtudes, que depois são dadas ás almas para a vida na graça, como frutos de um amor perfeito e verdadeiro.




Como dissemos antes, agem diversamente os que cultivam na alma a árvore do egoísmo. Toda a sua vida é corrompida, uma vez que corrompida está a raiz principal, a afeição da alma. Se são leigos, mostram-se maldosos nas suas funções: cometem injustiças, vivem na impureza sem nenhuma racionalidade. Nem merecem ser chamados de homens porque, guiados pelo instinto animal, renunciaram à luz da razão. Tratando de obreiros ou pastores, suas vidas não imitam a vida dos anjos, nem a dos homens, mas a dos animais, que rolam na lama. Às vezes são piores que os leigos! De que ruína e castigos são dignos! A linguagem humana é incapaz de o descrever.




No dia do juízo, a alma experimentará! Tais pessoas desempenham o papel dos demônios, que procuram afastar as almas de Deus para levá-las consigo ao falso descanso. Também eles abandonaram a vida reta e santa, perderam a iluminação divina, vivem na maldade. Nós obreiros e pastores sabemos disso e o vemos! Há obreiros cruéis consigo mesmos, amigos do demônio e companheiros dele antes da hora. São cruéis também com os outros, pois não amam o próximo na caridade. Não protegem as almas; devoram-nas. Põem-se a si mesmos nas mãos do lobo infernal. Ó homem infeliz! Quantas coisas te pedirá o supremo juiz e tu não as poderás dar. Por isso cairás na morte eterna. Não percebes o castigo futuro, porque estás sem a iluminação divina, não tens consciência da missão que Deus te deu.




Alguém assim não leva vida de cristão-evangélico-protestante, porque tudo nele está desordenado. Nem leva vida de pastor ortodoxo, fiel à liturgia denominacional, a vida devocional como é seu dever, cuidando dos necessitados, zelando pela Igreja. Ao contrário, tais pessoas vivem como senhores, no luxo e nos prazeres, com muitos ornamentos, muita comida, muito orgulho e empáfia. Parecem insaciáveis. Se possuem um benefício, querem dois; se possuem dois, querem três. Jamais se dão por satisfeitos. No lugar das horas devocionais - oxalá não fosse verdade! - põem prostitutas, armas e segurança eletrônica, como para se defenderem de Deus contra quem está em guerra. Mas como lhes será difícil, quando o Senhor estender para eles a vara da justiça divina. Com seus bens, tais infelizes alimentam filhos e outros demônios encarnados, amigos seus.




Pois bem, tudo isso brota do egoísmo, que dissemos ser uma árvore cujo fruto é o pecado. Árvore que dá morte à alma, retirando-lhe a graça e privando-a da iluminação divina. Sendo o egoísmo tão perigoso, ocorre fugir dele e estar atento para que não penetre na alma. E se aí já estiver, é preciso procurar o remédio.




O remédio contra o egoísmo é este: permanecer na cela do coração, reconhecer que por nós mesmos nada somos, reconhecer a bondade divina, pois de Deus tudo recebemos, reconhecer os próprios defeitos, reprimir a sensualidade. Com isso nos afastamos do egoísmo, nos vestimos de caridade, roupa nupcial indispensável para a vida eterna. Diante da porta da cela do coração, ponha-se como cão de guarda a consciência. Latirá ela ao se aproximarem os inimigos, que são os variados sentimentos do coração. Mas também latirá para os amigos quando chegarem, ou seja, para os bons desejos de praticar o bem. Juiz da consciência será a razão iluminada pela fé, a qual dirá se os sentimentos são bons ou maus. Dessa forma, a cidade da alma estará fortemente defendida, de maneira que o demônio ou qualquer outra criatura possa tomá-la de assalto. E tal cidade crescerá na virtude, até o dia da vida eterna. Sob a luz da razão (iluminada pela fé) e livre do egoísmo, a alma crescerá.




Em tudo isso pensava eu, quando afirmei no começo que estava desejoso de ver a iluminação sacerdotal. Quero que nos acordemos do sono da negligência e vivamos iluminados. Então seremos anjos na terra, mergulhados no sangue do Crucificado, em suas chagas. Permaneça no santo amor de Deus. Nada de bom tenho a mostrar de mim mesmo, além de uma grande miséria e pouco entendimento. O resto pertence a Deus, suprema e eterna Verdade. Atribuí a Ele tudo, não a mim.




Jesus doce, Jesus amor.