quinta-feira, 26 de abril de 2012

O meu próprio caminho?


Será que posso me justificar diante de Deus? Na minha infância tinha essa idéia louca de autojustificação. Achava que todos eram loucos, pois "era tão fácil viver em santidade". Pensava que não iria alimentar nenhum vício e que pecado era coisa de gente frouxa. 

O pensamento era o seguinte: "Nasci em uma família evangélica. Tenho bons príncipios, se eu seguir este caminho e não desviar nunca irei percar". Para mim, naquele momento era apenas uma questão de lógica. O pecado na minha visão era ilógico. O tempo foi passando e para trás, aos poucos, foi ficando as minhas virtudes.

Sempre fui uma pessoa curiosa. Minha curiosidade fazia parte da minha infância. Queria saber de tudo. Possuia o sonho de ser doutor em tudo. O que eu não sabia é que aquela curiosidade seria uma arma contra a santidade. Aos poucos, de forma progressiva, a minha curiosidade foi tomando rumos diferantes, houve uma inclinação para o mal. Quando cai em si descobri coisas que não eram-me lícitas saber. Fiquei turbado. Chocado. O choque foi pelo motivo de perceber que não era lícito saber o que eu havia descoberto. Tudo possui um motivo. Perguntava-me qual era o motivo da minha curiosidade. Não encontrava respostas. 

Quando a curiosidade para o mal começou a fazer parte do meu cotidiando senti-me afastar da plenitude de Deus, isso ainda quando criança. Ao fazer algumas descobertas sentia o mundo me abraçar com suas possíbilidades ilimitadas. Percebia que no mundo havia muitas coisas "boas" para me oferecer. Mas ainda possuia temor. 

A curiosidade me dominava. Quanto mais sabia, mais queria saber. Aquilo tomava conta de mim a tal ponto que adquiri uma cardeneta para fazer as anotações das "novas descobertas". As informações que obtive me distanciou de Deus e me aproximou do mundo. 

Sabendo que a minha curiosidade atingiu somente o limite da teoria. Ela não se contetou em ficar ai. Minha mente foi bombardeada, pela curiosidade. Foi bombardeada por ela que estava enjaulada nos limites da teoria agora queria a "liberdade" para "desbravar" e "descobrir" as coisas na realidade. Neste ponto o temor e a curiosidade entraram em conflito e dentro de mim deu -se inicio a uma guerra. 

Neste ponto, afastei-me um pouco mais de Deus. Mas não percebia.  Não percebia que já não participava da companhia de Jesus. Fui tentado a descer mais um degrau. E acabei sedendo e desci, com temor mas desci. Não querendo descer, mas desci. Quando percebi que estava descendo muito, este foi o limite. Parei e rapidamente voltei. Chorei, pois, percebi que não consegui me autojustificar. Me senti um bobão. Aquele que pensava que era fácil viver em santidade viu como foi mais fácil sair dela, ao ponto de sair e não se dar conta que havia saido.

Como somos tolos. Pensamos que podemos perceber a realidade. Pensamos que podemos dominar as situações e circunstâncias. Talvez a realidade seja mais cruel com você do que você é com ela. Talvez você pensa que está dominando as situações, mas são elas é quem estão dominando você. O que você não domina acaba te dominando. Eu não dominei a minha curiosidade a minha curiosidade acabou me dominando.

Quem sabe você esteja também sendo dominado por alguém ou alguma coisa e não sabe? Na verdade sempre seremos dominado por alguém. Se isso for verdade que este alguém seja o próprio Deus. Que ele domine a sua vida. 

Não permita que coisas dominem sua vida. Deixe que Cristo tenha o total controle sobre você. Deixe que Cristo ilumine seu caminho. Não pegue atalhos. Prefira sempre os caminhos mais longos. 

Quiz me justificar? E você? Quer um conselho? Não faça isso. Deixe que Jesus te justifique.

Nenhum comentário: